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Antes de continuar este texto preciso reforçar um ponto: Trabalho em multinacional brasileira que produz softwares para serem utilizados em dispositivos móveis, smartphones, phones not so smart, tablets, notebooks, web. No que tange à mobilidade (smartphones e tablets), nossas soluções de software foram desenvolvidas para cada um dos sistemas operacionais relevantes do mercado: Android, iOS e Windows.
Devido a este cenário, temos que testar e utilizar por longos períodos diversos modelos de equipamentos com seus respectivos sistemas operacionais e variações destes.
Por isso a conclusão para a questão Android ou iPhone, do ponto de vista estritamente técnico e de forma objetiva, já não é mais 0 ou 1, ou seja, um ou outro de forma binária.
A resposta depende muito do que o usuário final ou empresa que irá fornecer aos seus funcionários deseja como retorno.
* Se o custo é o principal critério, plataforma Android é a indicada;
* Se durabilidade é algo desejado, vá de iPhone.
* Se é estratégico não depender de um único fabricante em função de contingência ou outro motivo, vá de Android;
* Se a segurança é o principal ponto do qual não se abre mão, a plataforma iOS é a mais indicada;
* Se o desejado é ter efetivamente o “controle remoto” do smartphone por meio de soluções MDM (Mobile Device Management), Android é mais indicado, pois no iOS existem mais restrições em delegar controle total do hardware a softwares de terceiros;
* Se estamos falando da decisão de um usuário final, onde o smartphone será utilizado também para suas atividades profissionais mas principalmente para suas atividades pessoais e este usuário busca a melhor experiência por meio da integração nativa e de fácil uso entre o seu computador e o smartphone, ambos agregados de outros serviços em nuvem com foco em usuários não técnicos, a plataforma iOS ganha em disparada (por mais que os usuários mais técnicos de Android estejam torcendo o nariz neste momento);
Em fim, as comparações não podem mais se limitar ao tamanho do pixel, quantidade de cores, velocidade de processamento, pois, se você não é um gamer-pro, não é um video-maker pro, ou outro tipo de PRO, tais características e diferenças de hardware já não são tão relevantes e muitas vezes perceptíveis, pois passam a ser o básico necessário. Os verdadeiros diferenciais estão nos serviços integrados e acessórios que estas plataformas passarão a oferecer, além do pós-venda.
Estou aguardando o lançamento (ou a retomada deste conceito, originalmente concebido pela Motorola mas que abandonou a idéia) em que o smartphone será uma tela de 5″ mas que ao plugar em um Dock ou container específico, se transformará em um Desktop, notebook ou Tablet. Ai sim, um device doing everything. Que maravilha!
